chips clonados e clonagem de chips de celular

14.10.09 ·

Clonagem de chips

Embora o sistema GSM ofereça uma segurança muito boa contra clonagem de linhas através da captura dos sinais transmitidos pela rede (diferente dos sistemas analógicos antigos, onde as informações podiam ser facilmente capturadas e usadas para clonar a linha), existem adaptadores USB capazes de clonar chips SIM, que funcionam usando um sistema de força bruta para descobrir o código Ki (um código de 128 bits que é usado como chave de autenticação) e os demais códigos armazenados no chip, processo chamado de SIM cloning.

Eles são produtos bem diferentes dos leitores de cartões SIM USB destinados a salvar e restaurar o conteúdo da lista de telefones. Os dispositivos de clonagem são destinados a descobrir os códigos de autenticação do chip e gravá-los em um chip virgem (que normalmente acompanha o kit), criando uma cópia do chip original que pode ser usada para conectar na rede e fazer ligações.

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A principal vantagem destes kits é a possibilidade de criar cartões SIM múltiplos, que incluem os códigos de autenticação de dois ou mais chips e permitem alternar entre as linhas, de forma similar a um chip dual-SIM, porém sem a necessidade de recortar os chips (nem fazer malabarismos para acomodar o adaptador dentro do compartimento da bateria).

Naturalmente, a clonagem de chips é uma prática combatida pelos fabricantes e pelas operadoras, já que pode ser usada para fins ilegais. Apesar disso, o uso é muito comum na China e em outros países da Ásia e, em menor grau, também em outros países.

O processo de clonagem consiste em simplesmente encaixar o SIM no adaptador USB e usar um software (geralmente apenas para Windows) para copiar o conteúdo do chip, usando um ataque de força-bruta para descobrir o código Ki.

Chips antigos (popularmente chamados de SIM v1) usam um algoritmo fraco de autenticação, o que permite que os chips sejam clonados rapidamente, mas os chips atuais (SIM v2) utilizam um algoritmo mais elaborado, o que faz com que o processo demore até 32 horas. Como o ataque consiste em um brutal volume de operações de leitura, é relativamente comum que o chip SIM seja inutilizado no processo (já que, como qualquer chip, ele possui vida útil), deixando você sem o clone e sem o chip original. Ou seja, a menos que você tenha algum motivo muito forte para clonar o chip, não vale muito à pena perder tempo com isso.

Os chips UMTS (3G) utilizam uma versão bastante aperfeiçoada do algoritmo de autenticação (SIM v3), que é ainda mais difícil de quebrar que o usado nos chips 2G. Enquanto escrevo (início de 2009) ainda não existem kits capazes de clonar chips 3G, muito embora muitos vendedores façam falsas promessas.

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Autor: Carlos E. Morimoto
Páginas: 432
Formato: 23 x 16 cm
Editora: GDH Press e Sul Editores
ISBN: 978-85-99593-14-1

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